quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Prefeito de Breves recorre da cassação

O Liberal
Luiz Furtado Rebelo e Idjalma Rodrigo Câmara Paes, respectivamente prefeito e vice do município de Breves, tiveram os seus mandatos e registros eleitorais cassados, ontem, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará. Os dois foram considerados culpados pelo crime de abuso de poder econômico verificado em uma suposta distribuição de combustível para uma carreata a favor da candidatura deles, no mês de setembro de 2004. Rebelo e Paes têm três dias, contados a partir da publicação da decisão, para recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O advogado de Rebelo, Inocêncio Coelho, garante que isso será feito. Assim, prefeito e vice devem permanecer no cargo até que o recurso seja apreciado.
A cassação, que no julgamento teve quatro votos favoráveis e dois contrários, é resultado de recurso interposto pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e pela coligação 'Amor por Breves'. O advogado Inocêncio Coelho garante que vai recorrer da decisão, porque Rebelo e Paes nada têm a ver com a suposta distribuição de combustível. Segundo ele, os dois não participaram da ação nem como executores e nem como beneficiários. 'Na ocasião, foi o presidente do Partido Progressista que, visando facilitar a participação dos candidatos a vereador do partido dele em uma carreata que contaria com a presença do então governador, fez a doação de combustível para eles e para simpatizantes do partido. O prefeito, apesar de ser aliado político, não estava nem no local onde foi feita a distribuição, não determinou a mesma e não teve nenhum benefício com isso', argumenta.
Ainda de acordo com Coelho, o Tribunal 'deu muita ênfase' ao fato de que o combustível foi adquirido no Posto Progresso LTDA, cujo principal acionista é filho do prefeito. 'O que o tribunal esqueceu de verificar é que na cidade de Breves só existem quatro postos de gasolina, dos quais dois são pluviais. Ou seja, só sobrava o Progresso e o outro, que pertence à família do outro candidato à prefeitura. Até por exclusão, era natural que fosse escolhido esse posto', observa.

Nenhum comentário: