domingo, 3 de agosto de 2008

Seca castiga "boi pirata"

Agência Brasil
Lourival Macêdo
Valter Campanato


O gado apreendido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Fazenda Lourilândia, na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, já começa a sentir os efeitos da estiagem e de falta de manejo, como a separação de acordo com a idade e características físicas do animal para colocá-lo nos pastos adequados as suas necessidades de alimentação.
Outro fator que causa a perda de peso é a concentração de todo o rebanho nas pastagens ao redor da sede da propriedade. O adensamento de gado no local esgotou rapidamente a pastagem e, na falta do capim, as reses comem folhas. "Algumas delas são tóxicas", informou o coordenador da Operação Boi Pirata, do Ibama, Weber Rodrigues Alves.
"Algumas das reses foram mortas por erva tóxica, a Vick – ela tem esse nome porque a folha macerada tem cheiro da pomada Vick Vaporub", explicou o chefe do Ibama aos enviados da Agência Brasil e da Rádio Nacional à Estação Ecológica da Terra do Meio.
A equipe de repórteres visitou três dos dez pastos da fazenda. Num deles, avistou uma concentração de urubus. No local também havia duas carcaças de animais, que o chefe do Ibama ainda não tinha conhecimento.