Algumas farmácias de Santarém, vendem livremente remédios controlados, os populares 'tarja preta'. Esses medicamentos só podem ser comercializados mediante receita médica segundo determinação do Ministério da Saúde. Mas essa regulamentação é ignorada por atendentes e gerentes das drogarias da cidade.
O comércio desses medicamentos deveria ser fiscalizado e acompanhado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), através de registros feitos pelos farmacêuticos, e depois encaminhados ao órgão, que manteria o controle. No entanto, em algumas drogarias não é o procedimento mais comum. Em um rápido levantamento feito pela reportagem, constatamos que a venda de medicamentos de tarja preta acontece naturalmente.
Em entrevista, um farmacêutico, que preferiu não ser identificado, revelou que a procura por remédios controlados é muito grande, principalmente sem receita. Entre os que mais procuram estão jovens e adultos, destacando a procura do Roypnol, medicamento que deveria ser usado para tratamento de insônia, no entanto os jovens costumam usá-lo para efeitos anestésicos.
Remédios com tarja preta também causam dependência química, além de que pacientes 'sadios' que os utilizam podem desenvolver a patologia para o qual o remédio é destinado. 'Existe uma série de riscos eminentes para aqueles que o utilizam de forma irregular, por se tratar de remédios com composições muito fortes', disse o farmacêutico. Ele forneceu uma lista com os nomes dos medicamentos mais procurados.
Informou-nos também, que o correto para o armazenamento desses medicamentos seria um local separado da farmácia, trancado e restrito a alguns funcionários, o que segundo ele não acontece.
Agência Amazônia