Uma teoria apresentada em um congresso de psiquiatras na Escócia sustenta que Adolf Hitler pode ter se tornado um homem violento após ser contaminado pela sífilis transmitida por uma prostituta judia. A possibilidade foi apontada pelo psiquiatra Bassem Habeeb, em um artigo acadêmico. Segundo Habeeb, a doença teria sido transmitida a Hitler depois que ele manteve relações sexuais com uma prostituta judia, em 1908. À época uma doença incurável, a enfermidade pode levar à loucura, mudanças bruscas de humor e paranóia. “Se a vida de Hitler for analisada pelas lentes de um diagnóstico de sífilis, uma pista leva a outra, até emergir um padrão de infecção progressiva de uma doença que pode ter definido Hitler desde sua juventude”. Habeeb acrescentou que existem “amplas evidências” de que o líder nazista, que procurou eliminar os judeus através do Holocausto, era portador de sífilis. Anotações do diário do médico de Hitler, Theo Morrell, indicaram que o paciente sofria de crises gástricas (de estômago), lesões de pele, mal de Parkinson e mudanças bruscas de humor - sintomas de sífilis, observou o Dr. Habeeb. Ele disse que Hitler tinha ainda “sintomas de comportamento criminoso, paranóia e mania de grandeza”, que poderiam ser interpretados como indicadores de neurossífilis, ou seja, da doença em seu estado avançado. Em seu livro, “Mein Kampf” (Minha Luta), Hitler dedica uma dezena de páginas à sífilis, afirmando que a eliminação da “doença de judeus” deveria ser “uma tarefa de toda a nação alemã”. Historiadores e médicos já haviam apontado a possibilidade de que o líder alemão tivesse sífilis. Mas, segundo Habeeb, ninguém tinha ainda percorrido os sintomas até encontrar uma ligação entre o estágio avançado da doença e os traços da personalidade de Hitler que acabaram influindo no desenvolvimento do Holocausto.
(BBC Brasil)
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