As características geográficas do Pará estão dificultando um pouco a realização da Contagem Populacional e do Censo Agropecuário pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o diretor regional do Instituto, Antônio Biffi, diz que o Estado cumprirá o prazo previsto para o encerramento da coleta, que é o dia 31 de julho. 'Em 31 de agosto deveremos divulgar o resultado da Contagem Populacional e, a partir de outubro, começaremos a apresentar as primeiras informações do Censo Agropecuário', afirma. Até o momento, os 2,5 mil recenseadores que trabalham no Pará concluíram 25% do universo da Contagem, estimada em 4,2 milhões de pessoas. Com relação ao Censo Agropecuário, o número de propriedades rurais já visitadas chega a 42 mil, de um total estimado em 260 mil estabelecimentos.
Algumas regiões do Estado, explica o diretor do IBGE, apresentam atraso maior na coleta de informações, como as das áreas de influência das rodovias Transamazônica e Santarém-Cuiabá. Nesses dois locais, o trabalho dos recenseadores só começou no final de maio, com o início do período de estiagem. Em outros pontos do Estado, no entanto, a coleta corre em ritmo acelerado para aproveitar condições climáticas favoráveis ou evitar distorções.
Um exemplo do primeiro caso é a região dos rios Xingu e Iriri, onde a coleta teve que ser acelerada para evitar que a seca interfira no acesso dos recenseadores aos municípios, onde só se chega por via fluvial. Nas cidades balneárias, o IBGE corre para encerrar a coleta antes do início de julho, para evitar que a afluência de veranistas dê um resultado falso à contagem nos municípios.
A Contagem Populacional vem sendo realizada pelo IBGE em todas as cidades brasileiras com menos de 170 mil habitantes. No Pará, dos 143 municípios, apenas Belém, Ananindeua, Marabá e Santarém estão fora da pesquisa. Apesar das dificuldades, os Censos 2007 ganharam um importante aliado, que está ajudando a reduzir sensivelmente as dificuldades logísticas na Região Norte. É o Personal Digital Assistant (PDA), um computador de mão que substituiu o questionário de papel. O PDA, explica Biffi, é equipado com um receptor GPS que permite ao recenseador localizar-se na região de trabalho e captar as coordenadas geográficas de estabelecimentos e domicílios rurais. 'O banco de dados que estamos formando oferecerá números gerais que poderão ser usados para a definição de políticas fundiárias pelo Estado, por exemplo, mas não apontarão problemas isolados de um estabelecimento rural', explica o diretor regional do Instituto.
O Liberal
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