quarta-feira, 14 de março de 2007

Arquiteto do Pará receberá prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte

A Associação Brasileira de Críticos de Arte divulga os vencedores do Prêmio ABCA 2006. Do Pará, o arquiteto Emmanuel Nassar receberá o Prêmio Mário Pedroso, na categoria de artista de linguagem contemporânea. A cerimônia de premiação será realizada em 12 de abril no Sesc Paulista, em São Paulo.

A Associação Brasileira de Críticos de Arte acaba de divulgar a lista dos vencedores do ABCA 2006, destinado a críticos, artistas, profissionais, personalidades e instituições que contribuíram para a cultura nacional durante o ano passado. As dez categorias possuem o nome de um crítico de reconhecida contribuição para a cultura e as artes plásticas brasileiras.

Emmanuel Nassar, do Pará, receberá o Prêmio Mário Pedroso (artista de linguagem contemporânea). Natural de Capanema/PA, Emmanuel Nassar graduou-se em arquitetura pela Universidade Federal do Pará, onde foi professor. É auto-didata e sua primeira exposição acontece em 1979, em Belém. A partir daí dedica-se intensamente à sua produção artística. Sua obra trata de uma simbiose entre tradição popular e arte erudita.

Em 12 de abril, a associação promoverá a festa de premiação em cerimônia comandada pela presidente da ABCA, Elvira Vernaschi, no Sesc Paulista. Eles receberão um troféu idealizado pelo escultor Nicolas Vlavianos. Durante a festa, a ABCA vai homenagear os artistas Marcelo Grassmann, Odetto Guersoni e Juarez Paraíso, o crítico Osmar Pisani e a Fundação de Cultura de Itajaí/SC.

Lista de Vencedores

Prêmio Clarival do Prado Valladares (trajetória de um artista) Nelson Leirner/SP
Pintor, desenhista e escultor, nascido em 1932, em São Paulo, numa família de artistas, estudou engenharia nos Estados Unidos, sem concluir o curso. Entre 1956 e 1958, estuda artes plásticas. De volta ao Brasil, faz sua primeira exposição individual, em 1961, em São Paulo. Em 1967 é premiado na IX Bienal de Tóquio. Seu trabalho é um comentário irônico acerca do sistema de arte. É um dos mais expressivos representantes do espírito vanguardista de experimentalismo estético e comportamental, tão característico àqueles tempos de “contracultura” dos anos 60, no Brasil e no mundo. Com preocupação constante em fazer com que a arte, transbordando de seu circuito institucional, atinja as ruas e suscite novas indagações, várias foram as estratégias estéticas e/ou comportamentais experimentadas por ele. (www.itaucultural.org.br)

Prêmio Mário Pedrosa (artista de linguagem contemporânea)Emmanuel Nassar/PA
Natural de Capanema/PA graduou-se em arquitetura pela Universidade Federal do Pará, onde foi professor. É auto-didata e sua primeira exposição acontece em 1979, em Belém. A partir daí dedica-se intensamente à sua produção artística. Sua obra trata de uma simbiose entre tradição popular e arte erudita. Um dos fortes aspectos da obra do artista tem o objetivo de "desmistificar e confundir saudavelmente os elementos que determinam um trabalho como ingênuo ou contemporâneo", segundo ele próprio. Utiliza-se de “fontes primitivas” que são processadas pelo pensamento. Signos e técnicas populares, a recuperação das origens e o uso da imagética popular são fórmulas para que se discuta sua essência pictórica. Em 2006 participa das exposições “L’autre Amérique”, Galerie Passage de Retz/Paris e “Arte Américas”, Centro Cultural dos Correios/RJ. (www.culturapara.com.br) (www.mamam.art.br)
Prêmio Ciccillo Matarazzo (personalidade atuante na área) Emanoel Araújo por sua atuação à frente ao Museu Afro-Brasil
Nascido em 1940 em Santo Amaro da Purificação (BA), reside a longos anos em São Paulo. A par de uma bem sucedida carreira como gravador e escultor, destacou-se como curador e como diretor, sucessivamente, do Museu de Arte da Bahia, da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Em junho de 2004, funda o Museu Afro-Brasil, que transformou-se, em abril de 2006, numa Osip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Como seu fundador e principal organizador, Emanoel Araújo vem desenvolvendo importantes ações para torná-lo, segundo suas próprias palavras "um museu contemporâneo, em que o negro possa se reconhecer hoje".
(www.museuafrobrasil.prodam.sp.gov.br)
Prêmio Paulo Mendes de Almeida (melhor exposição) Exposição "Volpi. A Música da Cor" - org. Museu de Arte Moderna/SP (2 abril a 5 julho 2006) (Curadoria Olívio Tavares de Araújo)

A exposição “Volpi a Música da Cor” (realizada pelo MAM/SP, com curadoria de Olívio Tavares de Araújo) enfoca a trajetória de um dos maiores pintores brasileiro, que nasceu em Lucca, na Itália, em 1896. De origem humilde chegou aos mais ovacionados prêmios como o da Bienal de São Paulo, em 1953/54, como melhor pintor. Para esta mostra foram selecionadas obras figurativas e paisagens do início da carreira do artista. Da fase das bandeirinhas encontram-se pinturas que dão a sensação de música da cor, mote para o título da mostra. Com consistência crítica, Olívio Tavares de Araújo documentou a exposição em um catálogo trilingüe indispensável para a compreensão da obra pictórica do artista. (www.mam.org.br)

Prêmio Maria Eugênia Franco (curador pela exposição)Lisbeth Rebollo Gonçalves, pela curadoria da exposição "Aldo Bonadei – Percursos Estéticos" (Museu de Arte Contemporânea USP - Ibirapuera, 2 de outubro de 2006 a 28 de janeiro de 2007)
Lisbeth Rebollo Gonçalves é professora titular da Escola de Comunicações e Artes/USP; diretora pela segunda vez do MAC USP, Presidente da ABCA e Vice Presidente Internacional da AICA. Recebeu os prêmios pela curadoria das exposições: “Modernismo – Paris Anos 20. Vivências e Convivências” (Prêmio APCA, de melhor exposição de 1995) “Jesus Soto” (Prêmio Parangolé, de 1998). A Exposição “Aldo Bonadei - Percursos Estéticos” é comemorativa do centenário de nascimento do pintor e prima pela seleção de obras inéditas. O enfoque está no percurso estético desse artista, grande inovador da arte paulista na década de 40, e também sobre o intelectual aberto a outros experimentos - como a moda. A exposição evidencia a vertente da recepção estética, foco das pesquisas da curadora na França, Itália e Alemanha. (www.macvirtual.usp.br).
Prêmio Gonzaga Duque (crítico filiado pela atuação durante e/ou publicação em 2006)Adalice Araújo, pela atuação e publicação do "Dicionário das Artes Plásticas no Paraná". Curitiba: Edição do Autor, 2006

Crítica e historiadora de arte, professora, artista plástica e poeta nascida em Ponta Grossa (PR), estudou História da Arte em Roma e lecionou essa disciplina na Universidade Federal do Paraná, tendo sido responsável pela formação de duas gerações de críticos de arte paranaenses. Dirigiu o Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, e publicou em periódicos do Paraná, do Brasil e do Exterior mais de 2 mil textos críticos. Seu “Dicionário das Artes Plásticas no Paraná” é um trabalho minucioso sobre a história da arte, a produção artística e um exaustivo levantamento da iconografia paranaense, destinada a especialistas e ao leitor comum que desejem iniciar ou desenvolver estudos ou simplesmente conhecer a arte e a produção artística paranaense. (www.paranacidade.org.br)
Prêmio Sérgio Milliet (autor por pesquisa publicada)
Luiz Alberto Ribeiro Freire, pela publicação do livro "A Talha Neoclássica na Bahia". Rio de Janeiro: Versal, 2006
Nascido em 1962 na Bahia, fez estudos em Salvador, e em 2001 doutorou-se em História da Arte pela Universidade do Porto, Portugal. É professor e vice-diretor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. O livro é resultado de dez anos de pesquisa para sua tese de doutorado defendida na Universidade do Porto. A pesquisa é exaustiva e acompanhada de um dicionário, ao final do livro. De apuradíssimo projeto gráfico e ilustrada com centenas de fotografias dos retábulos, tribunas, tetos e outros elementos compositivos da talha, esta obra complementa os volumes monumentais editados pela Odebrecht e escritos por Clarival do Prado Valladares, nome dado a um Prêmio instituído em 2005, pela empresa e foi a selecionado entre mais de 100 concorrentes. (www.odebrecht.com.br) (www.versal.com.br)
Prêmio Mário de Andrade (trajetória de um crítico, filiado ou não)Walter Zanini, por mais de 50 anos dedicados à pesquisa sobre arte brasileira.
Historiador e crítico de arte, foi docente da Universidade de São Paulo e da Fundação Armando Álvares Penteado (São Paulo). Realizou seus estudos na Europa, e de volta ao Brasil dirige o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Foi Curador de duas edições da Bienal de São Paulo, fundador e presidente por vários anos do Comitê Brasileiro de História da Arte. Autor de Tendências da Escultura Moderna (1971), A arte no Brasil nas décadas de 1930-40 (1991) e Vicente do Rego Monteiro (1997). Coordenou uma grande História Geral da Arte no Brasil (1983). No momento, está escrevendo um livro sobre as relações entre arte e tecnologia. É ativo divulgador da arte moderna e das tendências contemporâneas. (www.macvirtual.usp.br)

Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade (instituição pela programação)Fundação Armando Álvares Penteado/SP
Fundada em 1947, destaca-se pelo investimento constante em cultura, principalmente através do Museu de Arte Brasileira, do Teatro FAAP, do Colégio FAAP, da biblioteca (criada em 1959) e das diversas faculdades. O MAB- Museu de Arte Brasileira abriu ao público em agosto de1961, com a mostra Barroco no Brasil. Seu acervo consta de um núcleo inicial doado por D. Annie Penteado e atualmente conta com cerca de 3.000 peças. Organiza exposições com enfoque na produção artística brasileira e mostras de arte internacional e estendeu suas ações ao MAB-Centro, MAB-São José dos Campos e MAB-Ribeirão Preto. Entre suas exposições recentes, destacam-se: Cobra e Cia, 9 Contemporâneos, Deuses Gregos. Coleção do Museu Pergamon de Berlim e O Olhar Modernista de JK. (www.faap.br)
Prêmio Antonio Bento (difusão das artes visuais na mídia)Programa Paradigmas do Século XX - TV Cultura/SP
O programa Balanço do Século XX, produção da TV Cultura em parceria com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), tem como objetivo trazer para o grande público o pensamento de especialistas na cultura brasileira, difundindo teorias e provocando reflexões. A série pretende estimular e ampliar o conhecimento sobre a história contemporânea com perspectiva para o século XXI. Aborda questões de novas formas de percepção da arte. Dividido em módulos, apresentou temas como: As Artes do Século XX; Grandes Personagens da Literatura Brasileira; Intérpretes do Brasil no Século XX; Os Mitos Literários do Ocidente e a Modernidade; Vivendo Além dos Limites – A Globalização no Cotidiano; Um Balanço das Ciências no Século XX. (www.tvcultura.com.br)

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