quinta-feira, 17 de maio de 2007

Acusado de pistolagem chega a Santarém

Acusado de matar, por encomenda, o policial civil Carlos Alberto Alves da Rocha, o Carlinhos, em abril de 1990, Zilcar Holanda Neto chegou hoje de manhã a Santarém, onde enfrentará júri popular amanhã, sob a presidência do juiz Carlos Chada Chaves.
Foragido, Zilcar, 46 anos, foi preso há três anos no Ceará, onde aguarda julgamento por outros crimes.
Ele desembarcou na cidade sob forte escolta policial.
O crime dele ganhou repercussão nacional à época, por ter envolvido como mandante o empresário, já falecido, e ex-prefeito de Itaituba Wirland da Luz Machado Freire, que acabou sendo impronunciado neste caso. Ou seja, não foram encontradas provas suficientes para levá-lo ao banco dos réus.
À queima-roupa
O outro pistoleiro que participou do assassinato, Heraldo de Castro Matos, foi condenado a 18 anos e 7 meses de prisão em júri realizado no ano de 1994 em Santarém. Hoje, ela estaria cumprindo pena no Ceará.
Carlinhos era escrivão de polícia e desportista, mas atuava como Comissário na delegacia, foi morto quando saía de sua casa, no conjunto Estrela D´alva, alvejado por três tiros à queima-roupa desferidos por dois homens que o aguardavam de tocaia. O crime foi presenciado por sua filha Aloíse Rocha, à época com nove anos, e a esposa Maria Santana Salgado da Rocha, além de outros vizinhos.
A vítima teve um desentendimento com o empresário, à época, surgindo daí as suspeitas sobre sua participação, principalmente depois que os dois acusados foram capturados numa fazenda no Tiningú, de propriedade de Wirland Freire.
Chacina
Heraldo e Zilcar teriam sido contratados por outro famoso pistoleiro, chamado Manoel Dias Aragão, ex-PM, que também era conhecido pela alcunha "Monstro de Goianésia" por ter participado de uma chacina naquela cidade.
Quando da captura dos dois acusados, Aragão teria enfrentado a polícia e foi morto com 40 tiros. O preço do contrato teria sido de cem mil cruzeiros (moeda da época), mas os dois teriam recebido apenas três mil cruzeiros, antes de serem presos.
Fonte: 6a. Vara Penal de Santarém/Jota Ninos

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