Cem por cento das indústrias madeireiras paradas e mais de 12 mil pessoas desempregadas e sem perspectivas de terem de volta o emprego. Este é o saldo de quatro anos de engessamento do setor florestal na região de Altamira, na Rodovia Transamazônica (BR-230) e o resultado de cinco meses sem liberação de planos de manejo pelo governo do Estado. Com a morte do principal setor da economia, Altamira vive hoje o maior declínio econômico de sua história.
Na avaliação do presidente da Associação das Indústrias Madeireiras de Altamira (Aimat), Lúcio Costa, a situação do setor florestal na região nunca esteve tão crítica. "O setor está na estaca zero. Não foi liberado nenhum projeto de manejo e o setor continua 100% paralisado. Na região são 12 mil desempregados e sem nenhuma perspectiva de que estas famílias voltem a ter os seus empregos", diz Lúcio, reclamando da demora do governo estadual em cumprir as promessas de que o setor não iria paralisar.
De acordo com Lúcio, a situação chegou ao ponto crítico porque a força tarefa montada pelo governo estadual para liberar os planos de manejo não chegou nem 10% daquilo que foi prometido. "Foram liberados 17 planos de manejo, mas são aqueles antigos, já liberados pelo Ibama e que foram interrompidos por uma coisa ou outra", disse, acrescentando que não se sabe ao certo sobre a liberação destes projetos, porque a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sectam) não revelou de qual região são os planos de manejo.
Paulo Lendro Leal
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