segunda-feira, 7 de maio de 2007

Energia e Água em Itaituba

Com a vinda da Governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, à Itaituba com o escopo de levantar dados e problemáticas vivenciados pela mesoregião Sudoeste do Pará, mais precisamente a microregião de Itaituba, que compreende os municípios de Itaituba, Jacareacanga, Trairão, Novo Progresso, Aveiro e Rurópolis, a sociedade civil organizada se movimentou e entregou várias reivindicações a serem estudadas e tão logo respondidas com ações pelo governo estadual.

Quero aqui, evidenciar dois problemas crônicos de Itaituba, a questão da tarifa de energia elétrica e o abastecimento precário e/ou quase inexistente para a grande população de Itaituba.

Sou conhecedor das medidas já tomadas pela atual governadora Ana Júlia quanto à questão da redução do ICMS para os consumidores de até 100 Kw de energia mensal. No entanto, existem por menores que dificultam os itaitubenses se beneficiarem dessa oportunidade e que os têm feito penar por muito e muitos anos, esperando alguém que possa corrigir essas distorções e que resolva de vez por todas estes problemas crônicos de Itaituba.

Assim sendo, começo afirmando que Itaituba é uma cidade linda e fantástica por seus atrativos naturais e culturais. É um lugar único, um lugar mágico e encantador, devido os paradoxos que possui. Porém, vou me ater às questões da energia elétrica e da questão da qualidade da água que se consome em Itaituba.

Mesmo sendo Itaituba uma cidade com 150 anos, tendo como paisagem natural o lindo rio Tapajós, o abastecimento de água nos domicílios, por intermédio da COSANPA, é ínfimo, ou seja, é quase zero, pois a rede de abastecimento que existe atende apenas poucas ruas do centro comercial e o processo de expansão é lento, lento e lento... E como uma grande ciranda, a roda gira começando por não se ter água da COSANPA. Assim sendo, a população tem que fazer uso de poços artesianos ou poços rudimentares, cercados por manilhas e com profundidade de 15 a 30 metros sendo a água puxada por bombas, o que faz a energia aumentar e deixa o usuário fora do grupo beneficiado pela tarifa social, por possuir “bomba d´agua”.

Por ser esse fato peculiar à Itaituba, se faz mister uma nova interpretação e uma nova ação das autoridades junto a Rede Celpa em Itaituba, pois, conhecedora da realidade local, precisaria atenuar os critérios e enquadrar pessoas com baixo poder aquisitivo, mesmo os possuidores de bombas d´água, pois neste caso não é artigo de luxo, mas da mais pura necessidade.

Outro ponto importante também nesta ciranda é referente ao uso de poços rudimentares para o consumo de água, visto que muitos deles são construídos próximos de fossas do vizinho da esquerda ou da direita, pois não há um controle e ordenamento na construção de fossas X poços, fazendo com que a população tome “fezes feito água”, trazendo enormes prejuízos à saúde da população.

Pode até parecer exagero, mas é uma realidade que já vem de muito tempo e que só terá sua resolução no dia em que o abastecimento de água potável por parte da COSANPA chegue a todos os lares itaitubenses.

Como se pode ver tudo está relacionado, energia (tarifa social), água (saúde pública), inércia da população (direitos cerceados), lentidão das autoridades para equação destes problemas.

Esperamos estar colaborando com essas informações junto ao novo governo do Pará, para que, de posse dessas informações, tão logo possamos perceber a mudança da qualidade de vida da população itaitubense e acreditar que, para nós, dias melhores virão.


Dayan Serique é Pedagogo e pós-graduado em Administração Educacional

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