terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ex-deputado preso é acusado de mais de 100 crimes, diz juiz de Mato Grosso

Agência Brasil
O ex-deputado Lino Rossi (PP-MT), preso na tarde de hoje (13) no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, passará a noite na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde ficará até o dia do interrogatório, marcado para as 14 horas de quarta-feira, na 2ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso. A PF não informou quando o preso será transferido.
A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Jeferson Schneider, dessa unidade judicial, depois que considerou "esgotadas todas as tentativas de citação e intimação do acusado", segundo a decisão.
As denúncias do Ministério Público (MP) sobre Rosso são de crime de corrupção passiva por 108 vezes, formação de quadrilha, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de envolvimento na chamada “máfia dos Sanguessugas”, esquema de compras superfaturadas de ambulâncias a partir da aprovação de emendas orçamentárias. E foi apontado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas como o parlamentar que deu início ao esquema no Congresso Nacional.
O juiz argumentou que “ao acusado está sendo imputado o cometimento de mais de uma centena de crimes, assim como ter participado de forma decisiva do núcleo da quadrilha desbaratada pelo que denominou-se Operação Sanguessuga". E disse entender "estar configurada a extrema necessidade da medida cautelar da prisão preventiva”.
Na decisão Jeferson Schneider explica ainda que o ex-parlamentar foi procurado na cidade de Várzea Grande (MT) e também pelo telefone que havia informado ao MP, mas não foi localizado. A busca foi realizada também, sem sucesso, em Cuiabá e, posteriormente, em Brasília, no endereço fornecido quando Rossi foi interrogado pela PF.

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