terça-feira, 12 de junho de 2007

Empresas de transporte coletivo urbano são ameaçadas pela falta de lucros

Pneus recapados são comprados em lugar dos novos. Uma máquina é usada para arquear as molas, para evitar comprar um novo conjunto. O combustível para os ônibus é comprado direto da revendedora, é uma forma de driblar os preços elevados da rede de postos de Santarém. São alternativas encontradas pelas Empresas de Transporte Coletivo para garantir a presença no mercado.
Eurico Gomes é chefe de manutenção, e também sócio de uma empresa de ônibus, ele informou que “algumas empresas operam mais por uma questão de responsabilidade social, porque, se fossem esperar pelos lucros, acabaria indo a falência.”
Em todas as Empresas de Transporte Público em Santarém a imagem mais comum é a de carros em manutenção. Uma destas empresas possui uma frota de 35 ônibus, deste total entre 25 e 29 estão em circulação o restante vai pra manutenção todos os dias. São despesas que geralmente não estavam no orçamento.
Os ônibus da maioria das empresas entram e saem da oficina com freqüência. Os problemas são diversos. Os mais comuns são com a parte de suspensão, pneus e transmissão. Segundo os empresários do setor, a maioria das empresas trabalha apenas para se manter.
Uma alternativa, segundo as empresas, é o aumento na tarifa urbana. O preço da passagem está em um real e trinta centavos. A proposta dos empresários é de um real e oitenta e oito. A proposta já foi encaminhada à secretaria de trânsito, mas ainda não houve resposta. Os empresários dizem que precisam desse reajuste para que as empresas continuem operando.
Mauro Torres/No Tapajós

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