Do publicitário e poeta gaúcho Luiz Coronel, numa homenagem poética aos homens/mulheres tão em voga neste país.
Os Corruptos
Os corruptos são ininterruptos,
E ostentam-se impolutos.
Torpes ou cultos, são astutos, dissimulados e resolutos.
Os corruptos não são estúpidos, emitem mil reverências a cada minuto.
Os corruptos têm consciência rasa e bolsos abruptos.
Esquemas largos, ou curtos sempre secretos, ocultos.
Flagrados em furtos de vulto num curto circuito o tumulto.
É preciso ser estulto pra esquecer que o indulto,
já faz parte desse culto...
(O cárcere é reduto onde não cabem, faustos e plutos).
Corre tudo por decurso. Um discurso cênico, tênue lágrima e um recurso...
Os corruptos se alastram no reduto das siglas ministérios, togas, batinas e coturnos.
Os corruptos são hábeis, nunca estúpidos,
e aliam-se a cúmplices de vulto na prática do auxilio mútuo.
Os corruptos se apossam dos frutos do alheio trabalho sem nenhum escrúpulo.
Jeso Carneiro
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