O Estado de São Paulo
Os advogados de Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, devem protocolar hoje o pedido de habeas-corpus do casal na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, na região central. Os defensores acreditam que não há base para a prisão preventiva, decretada ontem pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri. O casal, acusado pela morte da menina Isabella Nardoni, se entregou ontem à noite no apartamento da família Jatobá, em Guarulhos.
O texto do pedido de habeas-corpus já foi preparado pela defesa nos últimos dias - na noite de ontem, dois advogados redigiam os últimos detalhes do documento, que reafirmará a inocência do casal e a disposição de ambos em ajudar no processo. A defesa também irá alegar que a "comoção social" citada pelo promotor Francisco Cembranelli e pelo juiz Maurício Fossen não justifica o pedido de prisão. Se o Tribunal de Justiça não conceder novamente liberdade ao casal, Alexandre e Anna Carolina podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Marco Polo Levorin, principal defensor no caso, acredita que o desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida revogará a detenção. Canguçu, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, concedeu um primeiro habeas-corpus ao casal no dia 11 de abril. "Não há fundamento para a prisão e conseguiremos provar isso no pedido de habeas-corpus", disse Levorin. O advogado afirmou, momentos antes que fosse concedida a prisão pela Justiça, que considerava a denúncia do Ministério Público "vazia, vaga e superficial".
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