Tomázia Oliveira
Agência Amazônia
Em Itaituba, no sudoeste do Pará, alunos de pelo menos três estabelecimentos de ensino se reúnem, durante o período noturno, para praticar 'rachas' com veículos automotores, colocando em risco a vida de outros condutores e pedestres. A falta de uma maior fiscalização está deixando uma lacuna para esses jovens que, sem nenhuma responsabilidade, tem em mãos uma arma perigosa que pode a qualquer momento causar uma série de acidentes com suas máquinas. Os famosos 'rachas' já são tão comuns nas avenidas da cidade que já têm até torcidas organizadas, como foi o caso que envolveu o veículo do professor, compositor e interprete, Raimundo Nonato, conhecido pelo nome artístico de 'Nato Aguiar'. O fato ocorreu por volta das vinte três horas nas proximidades da Praça Celso Mateus. Nato Aguiar retornava de uma faculdade com sua esposa, onde ambos são lotados como professores, rumo a sua residência. Ele dirigia o veículo de marca Corsa sedan classic de sua propriedade quando, ao chegar a uma travessa, ao lado da Praça Celso Mateus, teve de parar para dar passagem carros e motocicletas que competiam em alta velocidade pelas ruas da cidade. De repente, o professor Nato Aguiar foi surpreendido com a batida de uma motocicleta na traseira de seu veículo. O condutor era um estudante que participava do 'racha'. O fato ocorreu no período da noite, do dia 4 deste, ao lado da Praça Celso Mateus, local em que as torcidas se reúnem. Os uniformes eram dos estabelecimentos de ensino: Colégio Isaac Newton, Fernando Guilhon, Anchieta e Maranata. Com a colisão, o veiculo do professor, que tem apenas oito meses de uso, fico bastante danificado em seu porta-malas. Os responsáveis pelo acidente ainda tentaram agredir Nato Aguiar, que foi ajudado por populares que se encontravam próximo ao local. A Polícia Militar foi acionada e levou a motocicleta com seu condutor, de pré-nome Josimar, de 20 anos, estudante do Colégio Maranata, para a Seccional de Polícia Civil. Lá, foi lavrada ocorrência. O caso foi apresentado ao delegado de plantão José Carlos Rodrigues dos Santos, que lavrou um TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência) na presença da vítima e testemunhas do acidente.Na delegacia, Josimar não apresentou a documentação da motocicleta e nem habilitação. O dono da motocicleta chegou a ir à delegacia para dizer que o documento se encontrava em uma colônia onde trabalha.
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