segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Biopiratas saqueiam riquezas da Amazônia

Agência Amazônia
Biopiratas alemães, norte-americanos, holandeses e de várias regiões da Europa estão entrando clandestinamente na Amazônia para fazer bioprospeção de solo, água e a coleta ilegal de essências de plantas e de microorganismos. Eles ingressam no território brasileiro a partir da cidade colombiana de Las Piedras, localizada nas imediações da Vila Bittencourt, que fica entre as sedes dos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, no Amazonas. O Exército mantém um pelotão na região.
Os biopiratas utilizam os rios Putumayo e Caquetá, em território colombiano, para ingressar no Brasil. Após cruzar linha de fronteira da Colômbia com o Brasil, esses grupos usam lanchas voadeiras para navegar e fazer tranqüilamente suas prospecções às margens dos rios Japurá, Iça e Juruá, no médio Solimões.
A ação dos biopiratas foi relatada, ontem, com detalhes à Agência Amazônia, pelo zootecnista José Leland Juvêncio Barroso. Analista ambiental do Ibama cedido ao governo do Amazonas, Leland conta que, nos últimos dois anos, houve um crescimento do tráfego de estrangeiros ao longo dos rios da região. Segundo ele, isso ocorreu após o governo da Colômbia intensificar o abate de aviões suspeitos na fronteira com o Brasil.
“Antes, eles ingressaram no Brasil em hidroaviões, se embrenhavam na selva por vários dias e saiam daqui lavando tudo que o que queriam”, recorda Leland. Hoje, com medo de terem seus aviões abatidos, os biopiratas mudaram de tática. Utilizam os rios e se valem da pouca fiscalização em vários pontos da fronteira brasileira para coletar o que bem entendem.

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