Apesar de comprovado o envolvimento dos dois policiais no caso de homicídio, o número de integrantes da segurança pública acusados de crimes é pequeno. Em relação a outros municípios. A corregedoria da polícia militar do primeiro comando de policiamento regional é considerada a instituição da segurança pública com a maior carga de trabalho, mas também é contemplada pelo número de policiais envolvidos em práticas criminosas.
A polícia chegou até o madeireiro Rafael Rodrigues Quincó, o homem que teria conduzido o gol, onde estava o matador de Jefferson Lira, 17. Também foram presos os soldados da polícia militar Edilberto de Oliveira Lima e Benedito Reis Pereira. Segundo o comando da polícia militar, os dois sofrem de problemas psiquiátricos. Edilberto está afastado do serviço e Benedito foi reformado. Segundo informações coletadas pela polícia, rafael dirigiu o carro, onde estavam Edilberto e Benedito. Este último permaneceu no veículo e Edilberto entrou atirando no quintal onde estava o grupo de rapazes.
Ao tomar conhecimento da suspeita de envolvimento de dois policiais, a corregedoria da polícia militar decidiu acompanhar o caso, e aguarda a confirmação da participação deles para instaurar procedimento administrativo.
A própria corregedoria fez um levantamento e descobriu que, esta condição é resultado da presença de um organismo criado para servir como polícia da polícia. Na área da jurisdição do CPR-1, 148 policiais já responderam a algum procedimento na corregedoria, que trabalha paralela à justiça comum. Os que causaram maior impacto aconteceram entre 2005 e 2006. São casos graves, de homicídio, extorsão e estupro. Alguns policiais, inclusive, já tiveram se processo julgado e receberam condenação. “A parte criminal cabe a justiça comum, através do flagrante que já foi feito pela delegacia. Nós solicitamos uma cópia do flagrante para iniciar o processo contra o policial Edilberto e sobre o caso do policial Benedito, existe uma soma do supremo tribunal federal que proíbe a administração militar de tomar qualquer medida disciplinar contra policial reformado”, declarou o corregedor da policia civil no oeste do Pará, cap. Glauco Coimbra.
Os casos mais graves aconteceram entre janeiro e agosto de 2006. O sargento Jailson Picanço matou com um tiro o jovem Josimar Almeida Bentes, o inquérito foi instaurado e o policial foi afastado do policiamento ostensivo de rua. Outro caso registrado foi o do Sgt. Leningrado, acusado de desviar droga apreendida por sua guarnição feita na comunidade de Vila Socorro em acordo com o comandante do barco, está com o processo em desenvolvimento. Houve também o caso da guarnição acusada de ficar com dinheiro do assalto a uma loja de material de construção. Ao atender uma ocorrência onde dois menores teriam praticado o assalto, a guarnição teria ficado com o dinheiro. Walmir Vieira dos Santos foi morto no interior da escola Eilah Gentil, no bairro do Santarezinho. O acusado é o soldado Nelson Nedys Silva da Rocha. Outra morte, Janderson Alves de Castro, de 22 anos, morto no mês de dezembro de 2005 as proximidades do barracão do Santarenzinho. O principal acusado da morte é o soldado PM Cerdeira. Segundo o oficial corregedor, no caso do homicídio ocorrido na noite de terça-feira no Santarenzinho, em que dois policiais militares são suspeitos de envolvimento, a polícia descobriu que um está reformado, o outro está afastado do serviço, os dois apresentam problemas mentais, o que provoca restrições quanto aos procedimentos da corregedoria.Por Mauro Torres
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