Agência Amazônia Tinner, amônia, ácido sulfúrico, bicarbonato de sódio, acentona, éter e papel higiênico até então completavam a lista de produtos desviados do comércio brasileiro para abastecer os laboratórios do narcotráfico na selva amazônica peruana e boliviana. Agora, são cargas de cimento que obrigam delegados e agentes a um esforço permanente para controlar o que é lícito e ilícito na fronteira com os dois países. Mesmo com um controle on-line desde a fábrica até as lojas do Acre, quando é possível apurar o descaminho da carga, o trabalho exige paciência, admite delegado-chefe do Departamento de Polícia Federal em Rio Branco, Mauro França. "Recentemente, seguimos um barco que ia pelo Rio Purus rumo a Esperanza, no Peru, e apreendemos mais de duzentas toneladas", ele contou durante o Seminário Internacional Saída Para o Pacífico, promovido pelo Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil e encerrado no sábado, em Puerto Maldonado, capital de Madre Dios, no Peru. "O cimento é levado como se fosse para a construção civil, mas termina desviado. O comércio-formiga em Epitaciolândia e Brasiléia movimenta centenas de pessoas", ele disse. Ambas são cidades fronteiriças a Cobija, Bolívia. Segundo o delegado França, o Drug Enforcement Administration (DEA), agência norte-americana de repressão a entorpecentes, apóia financeiramente o cerco aos insumos usados nos laboratórios. Da loja ao tráfico o produto chega em menos de uma semana.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
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